sábado, 30 de abril de 2016

Duas árvores


     Quando  você  nasceu,  plantei  uma  muda  de  sibipiruna numa área reservada em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte. O local fica num condomínio fechado ao qual tive acesso através de um casal então amigo. A árvore de folhas de um verde intenso e flores muito amarelas deve estar hoje bastante crescida. Nunca mais a vi. Nem a verei mais. Porém me lembrei dela hoje, plantada que foi para celebrar seu nascimento.
     Por  falar  em  árvore,  tive  uma  infância  marcada  pela proximidade com muitas delas, mas uma ficou bem marcada: a jabuticabeira. Havia sempre pés de jabuticaba nas proximidades. E os meninos faziam a festa em começo de ano, quando elas frutificavam. Com o correr dos anos, à proporção que a cidade foi crescendo e "progredindo", as jabuticabeiras foram desaparecendo. Hoje elas só existem em alguns sítios e fazendas da redondeza, e os frutos, quando os encontramos para vender na cidade, são caros.
     Se  um  dia  eu  tiver  uma  casa  com  um  bom  quintal, sem dúvida ele terá uma ou duas jabuticabeiras. Imagino nós dois e outras pessoas queridas sentados debaixo delas após colher um balde de jabuticabas! Esta é uma possível concepção de um paraíso brasileiro.

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