Ontem à tarde eu estava correndo ao longo da margem sul do Tâmisa, debaixo de um chuvisco fininho, quando se formou no céu um duplo arco-íris. Soube que isso acontece raramente. Parei, tirei o telefone da braçadeira e o fotografei.
Olhando aqui a imagem, penso no que você diria, caso estivéssemos andando meio sem rumo pela cidade, conversando sobre isso e aquilo, como costumamos fazer quando nos encontramos. Imagino-o parando por algum tempo, olhando maravilhado para o fenômeno e fazendo algum comentário sobre suas cores, sua grandeza e sua beleza. Porém, puxando-o pela mão, eu lhe proporia ir tirar a prova da superstição popular de que atravessar debaixo do arco-íris faz com que se mude o sexo da pessoa, fazendo com que homem vire mulher e mulher vire homem. Já o vejo recolhendo o braço, resistindo e dizendo: "Não, papai! De jeito nenhum!".
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