quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Dois presentes em nosso cotidiano


     Conversamos  hoje,  após  cerca de dez dias depois de meu retorno à Europa. Soube que você está indo bem na escola e que tem lá alguns bons amigos com quem conversa, brinca e joga futebol. E que em seus jogos você costuma ir com a camisa do Galo que lhe dei há cerca de um ano. Você me contou ainda que faz alguns gols, mas é muito bom na armação de jogadas e nas assistências para gols de seus colegas. Soube, por fim, que você foi a Minas no feriado prolongado de 7 de setembro e que tem mantido uma relação próxima com sua terra de origem, cultivando sua mineiridade em São Paulo.
    Por falar no Galo, tenho carregado aqui comigo, junto a minhas chaves, um presentaço que ganhei de você durante nosso último encontro, no fim de semana que passamos juntos, no começo de agosto. O chaveiro com a camisa do Atlético com que fui surpreendido tem agora me acompanhado por todo lado, em meu bolso, toda vez que saio de casa.
     Estou  me  lembrando  que entre três ou quatro presentes que lhe dei, havia uma pedra da Inglaterra, colhida na beira do mar, num domingo em que passeava pela cidade de Brighton. Você achou o presente muito original e gostou dele, dizendo-me que o colocaria sobre sua mesa de estudos, em seu quarto, para se lembrar de mim.
     Então  nossos  presentinhos (em realidade, presentaços) incorporaram-se ao nosso dia a dia e são agora um pedaço de cada um de nós na vida de cada um de nós.

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