quarta-feira, 1 de julho de 2015

Lindíssimo!

     Em  troca  de  mensagens  nesta  semana,  você  me contou que está muito bem na escola, com todas as notas acima de 7,5, que tem alguns bons amigos e que segue praticando com prazer a leitura, o futebol e o violão. Alegro-me por saber que tem tido uma vida com muitas atividades para além da conectividade à internet e dos jogos eletrônicos, ainda que também dedique algum tempo do seu dia ao mundo virtual, o que é normal e necessário. É uma alegria saber que você está bem e que, ao tudo indica, trilhará um bom caminho na vida. Como lhe disse muitas vezes, tenho orgulho de ser seu pai.
     No  começo  de  agosto,  chegarei  a  São  Paulo  para encontrá-lo e passar um fim de semana com você. Quando vou a Minas, minha mãe - que não o vê há anos - sempre me pergunta como você está e o que tem feito. E sempre dá um suspiro ao ver suas fotos, dizendo: "Mas como ele está bonito!". E eu confirmo: "Lindíssimo!".
     Como  todos  nós,  você  tem lá os seus defeitos também: uma grande impaciência (que certamente vem de mim), passagens rápidas e sem transição de uma atividade para outra (que também por certo vem de mim) e um ar de excessiva seriedade (que também vem de mim). Pelo que se vê, meu legado psicológico talvez não seja dos melhores. Mas entre meus muitos e grandes defeitos não estão o da desonestidade e o desumanidade, que tampouco farão parte, jamais, de seu caráter.

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