domingo, 7 de fevereiro de 2016

De Minas e de literatura






     Conversamos  na  noite  de  ontem  via  computador, após eu haver passado ao menos sete meses sem vê-lo. Fiquei surpreso ao notar como você está desenvolvido física e intelectualmente às vésperas dos seus onze anos. Já parece mais um adolescente em flor que o menino com o qual estou acostumado.
     Você  me  contou  de  uma  viagem  que  fez neste fim de ano e também de uma passagem por Minas pouco antes do Natal, contando-me que esteve na casa de minha mãe, para visitá-la. Essa notícia me surpreendeu, pois há pouco voltei de Divinópolis, onde passei cerca de três semanas, e não me contaram que você havia passado por lá. Certamente imaginaram que eu iria ficar irritado pelo que veio em sua companhia no pacote da visita. Mas fiquei feliz por você haver reencontrado minha mãe, que sempre fala sobre a saudade que sente por passar tanto tempo sem vê-lo. Posso imaginar a alegria desse encontro, com Pérola rondando ao redor de vocês.
     Falávamos  ontem  sobre  os  livros  que  você  está lendo. A propósito, estive dois dias em sua cidade natal, Belo Horizonte, logo nos primeiros dias de minha estadia no Brasil. Andando pela região central, junto ao prédio da Imprensa Oficial de Minas Gerais, passei pelas estátuas de Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava, dois dos nossos maiores escritores. Tenho aqui uma foto sua, pequenininho, sentado entre as estátuas de Fernando Sabino e Otto Lara Resende, quando o monumento aos quatro mineiros ficava na Praça da Liberdade e nós mesmos vivíamos na capital de Minas. Gosto quando compartilhamos juntos essas aventuras e perambulações literárias.

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