terça-feira, 6 de outubro de 2015

Tristemente feliz

     Lembro-me  de  uma  passagem,  num  livro  de  Clarice Lispector, em que a grande escritora retrata sua protagonista: "agora ela era tristemente uma pessoa feliz". Pensei nessa definição porque há alguns anos venho me sentindo assim. Não tenho mais enfrentado grandes perdas ou dificuldades relacionadas a coisas básicas. Tenho obtido reconhecimento por parte das pessoas que trabalham em meus campos de atuação. Vivo numa das cidades mais modernas e atraentes do mundo. Possuo alguns bons amigos e uma família que sempre me acolhe e me admira. Porém me falta a sua presença e um acompanhamento de seu desenvolvimento estando mais próximo de você. E longe do Brasil serei sempre um capenga. Sou também "tristemente uma pessoa feliz".

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