Bem do lado de minha escrivaninha, no meu quarto, fica uma estante carregada de livros. Se minha biblioteca, que ficou na casa de minha mãe e possui cerca de quatro mil volumes, está muito mais organizada, aqui os livros mais diferentes se misturam, como nesta pequena seção, em que há obras de literatura, de viagens, de filosofia, de história, sobre alquimia e sobre cachorros. E ainda nessa confusão quatro línguas se misturam.
Sempre que vou ao Brasil, dou-lhe um livro de presente. Lembro-me de que logo antes de partir para o aeroporto ainda coloquei no Correio, para seu endereço, as Fábulas de La Fontaine e um livrinho intitulado Agarra, Goleiro, de cujo autor não me lembro. Você me contou que está numa fase de leitura das histórias de Sherlock Holmes e livros de aventura. Amando a literatura e tendo feito dela a minha profissão, é uma felicidade saber que meu filho também se apaixonou pela leitura e que os livros fazem parte do seu dia a dia, mesmo num tempo como o nosso, dominado pelas imagens, o entretenimento banal, a rapidez sem sentido e a parafernália eletrônica.
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