Passo muito tempo sem vê-lo e às vezes muito tempo sem que sequer façamos contato. Por isso lhe escrevo. Um dia olharemos para trás e veremos aqui registros de um tempo difícil em que fomos obrigados a estar tão distantes por causa dos acidentes da vida.
Mas não lhe escrevo apenas por isso. Há um aspecto narrativo na identidade de todos nós. Quem eu sou é inseparável da minha história, da narrativa de minha vida, algo que me posiciona hoje em relação a um passado, uma família, um bairro, uma cidade, uma comunidade, um país, uma tradição, uma cultura e, em última instância, à sociedade global. Uma vez que estas pequenas narrativas deste já longo período de minha vida estão interligadas com a sua própria história, elas também poderão lhe servir um dia, talvez, para uma compreensão de sua própria identidade.
Mas não lhe escrevo apenas por isso. Há um aspecto narrativo na identidade de todos nós. Quem eu sou é inseparável da minha história, da narrativa de minha vida, algo que me posiciona hoje em relação a um passado, uma família, um bairro, uma cidade, uma comunidade, um país, uma tradição, uma cultura e, em última instância, à sociedade global. Uma vez que estas pequenas narrativas deste já longo período de minha vida estão interligadas com a sua própria história, elas também poderão lhe servir um dia, talvez, para uma compreensão de sua própria identidade.
Tudo isso vai na contramão do individualismo radical da sociedade de consumo que temos hoje, em que tudo é feito para se gastar e se criar novas necessidades num ciclo infinito que sempre recomeça, sem sentido e sem história. Por isso narrar é também resistir. Por isso narro e resisto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário