Ontem, quando estávamos almoçando, perguntei-lhe a queima-roupa o que você quer ser quando crescer. Caí das nuvens ao ouvir a resposta: "Alquimista". Nunca imaginei que pudesse ter um filho alquimista e não sei onde você leu a palavra ou aprendeu sobre ela. Mas o fato é que ela o fascinou.
No entanto, talvez você já seja um alquimista. Hoje à tarde, enquanto corria, eu girava pelo campus da USP ouvindo o genial Jorge Benjor no telefone amarrado a meu braço. Em certo momento, lá vinha ele definindo os alquimistas numa enxurrada de adjetivos: "Eles são discretos e silenciosos", "são pacientes, ativos e perseverantes", "evitam qualquer relação com pessoas de temperamento sórdido". Assim é o meu alquimista de dez anos que, desde que nasceu, tem transformado minha vida em ouro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário