sexta-feira, 8 de maio de 2015

Patinhos da primavera











     Costumo  correr  de  segunda  a  sexta-feira às margens do Tâmisa, nas proximidades de minha casa. Numa região próxima da ponte que conecta o bairro de Battersea ao prestigioso Chelsea, do outro lado do rio, sempre há alguns patos que moram por ali e que convivem bem com a população de humanos que vive nas redondezas. Por esta época, início de primavera, eles se reproduzem. Me lembro de que em anos passados isso acontecia com pontualidade, exatamente em final de abril, começo de maio, quando o longo inverno daqui está acabando e o tempo inóspito vai dar uma trégua de alguns meses. Quando novo inverno começar, os patinhos que nasceram por agora estarão grandes e independentes, tomando seu rumo em direção a algum recanto do país. 
     Tenho  sempre  passado  por  esta  família, que, após se alimentar, descansa bem no caminho dos corredores, ciclistas e pedestres no fim da tarde. Gosto do respeito com que esses patos são tratados por ali. Todos tomam cuidado com os pequenos e há até avisos pelos postes de iluminação para que os donos de cachorros não os deixem incomodá-los. É esse tipo de relação que sempre o ensinei a ter com os animais, que têm tanto direito como nós de terem o seu lugar neste mundo e serem respeitados.

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