sábado, 20 de setembro de 2014

Uma noite com Joan Baez

     Acabo de retornar de um show de Joan Baez. Já passei muitas horas escutando suas canções. Nesta semana mesmo fui correr ouvindo-a no telefone celular. Ela está hoje com 73 anos, a mesma idade de minha mãe. Além de admirá-la como grande artista, gosto da coerência de seus posicionamentos políticos, que em grande medida coincidem com os meus. A cantora norte-americana é uma pessoa de destaque que participou de contestações políticas durante os tão idealizados anos 1960 e que não se tornou reacionária entre os anos 80 e 90, como muitos de sua geração. Não bastasse a admiração por ela como artista, ainda acho-a uma mulher muito bonita.
     Baez não possui mais a energia da juventude. Canta sentada a maior parte do tempo e tem de trocar o violão a cada nova canção, pois aparentemente o suporte do instrumento lhe pesa sobre os ombros. Mas continua tendo uma voz poderosa, e seu canto é arrebatador. Com pleno domínio do que faz, ela interpretou grandes canções, como "Diamonds and rust", "Gracias a la vida", "Imagine" e "Forever young". No final o público se pôs de pé para uma grande ovação, o que é muito raro entre o público britânico, que é excessivamente comedido.
     Durante o show, me chamou a atenção um dos músicos que acompanham a cantora. Só me lembro de seu primeiro nome: Dirk. É um jovem multi-instrumentista que passou pelo violão, o banjo, o violino, o piano, o contrabaixo, o acordeom e a percussão, tocando todos com maestria. Pensei que você, que vem tendo seus primeiros contatos com o violão e já sabe tocar algumas músicas, gostaria de vê-lo. E eu gostaria de ter meu menino ao meu lado num momento como esse.

Nenhum comentário: