sábado, 14 de setembro de 2013

Retornos

    Novamente distante de você e do Brasil, após uma semana muito agitada, me levanto nesta manhã chuvosa de sábado e penso nos poucos mas intensos momentos que passamos juntos durante minha última estadia em São Paulo. Foi uma felicidade reencontrá-lo bem, ouvi-lo dizer que sente minha falta e que sempre pensa em mim.
     Me lembro de que, quando estava em viagem de retorno a Londres, no avião, vim imaginando a possibilidade de você estar aqui comigo. Eu o levaria aos parques, ao teatro, às livrarias; andaríamos de barco pelo Tâmisa, visitaríamos as atrações para crianças, jogaríamos muita bola...
     Em meu último dia em São Paulo, fui convidado a almoçar na casa de meu amigo Ricardo, na região de Aricanduva e Sapopemba, na zona leste. Na ocasião, vi como ele se relaciona com seus dois filhos pequenos, especialmente o menor, de quatro anos, que está sempre a seu lado. Fiquei feliz por ele, mas ao mesmo tempo aquilo me fez avaliar a dimensão da perda que temos tido com nosso afastamento forçado por todos estes anos. Mas não pretendo ficar cultivando a minha dor por aqui. Já me sinto reanimado ante a perspectiva de retornar ao Brasil em meados de dezembro, para as festas de Natal e, muito especialmente, para reencontrá-lo, ainda que brevemente, como é usual. 

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