sábado, 13 de abril de 2013

Lembranças da chuva

     Várias pessoas que nasceram e se criaram em Londres têm me dito que este tem sido o inverno mais longo que já viram por aqui. De fato as coisas estão um tanto estranhas, pois já estamos avançados na primavera, e o frio ainda não nos abandonou. Me recordo de que no ano passado, por essa época, as temperaturas estavam bastante amenas e agradáveis. Mas há sinais de que uma mudança ocorrerá em breve. Hoje foi um dia de sol, embora com um friozinho sub-reptício e com uma chuvinha fina no final da tarde, o que resultou nesses dois arco-íris sobre o rio Tâmisa.
     Sei que as águas de março andaram fazendo seus estragos anuais no Brasil, cobrando seu pedágio em vidas humanas, e que São Paulo, como sempre, sofreu bastante com o caos pós-chuva. 
     Por falar nisso, me lembro de uma vez em que jogamos futebol na chuva, em Divinópolis, no campinho próximo à casa de minha mãe. Você devia ter três ou quatro anos. A seu ver, aquilo foi uma grande aventura. E realmente o foi, como mostram algumas fotos que tirei naquele momento e que estive repassando há pouco. Você se divertia com chutar a bola parada nas poças e espalhar água por todo lado. Além disso, a certa altura quis ser goleiro, para poder saltar sobre o barro acumulado na frente das traves, a fim de fazer grandes defesas. Ao voltarmos para casa, exarcados e sujos de lama, recebemos o devido esculacho de minha mãe, e você foi diretamente para o seu banho quente, de banheira.

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