Há alguns dias, escrevi
aqui sobre a saudade de Minas. Mas chego em casa hoje e penso em São Paulo,
onde você está vivendo desde os seus três anos e onde vivi por dezesseis anos.
Aí estão a maioria dos meus amigos. Aí estão lugares onde vivi alguns dos
momentos mais importantes de minha vida. Sem dúvida que a Pauliceia é parte
fundamental de nossa geografia afetiva.
Quando digo para meus amigos paulistanos
que São Paulo é a melhor cidade do mundo, acham que estou brincando. Mas falo
sério. Amar São Paulo
é como amar uma mulher chata e neurótica. Temos sempre aborrecimentos com ela,
mas também uma relação forte e apaixonada. Nunca perdi a ligação com essa
cidade que hoje me habita, essa cidade a que devo tudo o que consegui me
tornar.
Assim que retornar ao Brasil, voltarei
para São Paulo e para perto de você. Que nesse momento a vida, que tem sido tão
cruel conosco, possa nos proporcionar um tempo mais feliz em que possamos estar
juntos e resgatar um pouco de tudo o que temos perdido.
Mas não vou cultivar melancolia. Estou
muito bem aqui, onde tive uma necessária renovação em meus projetos e um
arejamento em meu coração. Se aguardo uma felicidade possível num incerto
futuro, não estou deixando de viver bem a vida que tenho agora.
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