quinta-feira, 16 de maio de 2013

Falta

     Tenho procurado viver bem a minha vida nesta etapa em que tenho de ficar longe do Brasil. Pratico esportes, vou ao teatro e a museus, viajo, leio bons livros, participo do debate intelectual do meu campo de atuação, me relaciono bem com algumas pessoas que estão se tornando próximas de mim, busco aproveitar as muitas coisas boas que uma cidade como Londres oferece. Apesar de algumas contrariedades, estou muito bem aqui. No entanto, sempre me assalta uma sensação de falta. Sou um desses brasileiros incorrigíveis que todos os dias morrem de saudade das nossas coisas quando está no exterior. Em especial, morro de saudade de você, a quem tenho visto muito brevemente apenas uma vez por ano. Sempre me pergunto o que tem feito, o que tem pensado, que valores tem cultivado, se ainda pensa em mim.
     Provavelmente o reencontrarei apenas em dezembro. Até lá, quanta vontade terei de conversar e brincar com você, de abraçá-lo, de rodar a cidade a seu lado, de simplesmente exercer meus direitos de pai.

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