domingo, 11 de dezembro de 2016

Um adolescente!


     Já estou ansioso para reencontrar um agora adolescente de quase 12 anos em São Paulo, nesta semana. Num momento como o atual, em que a canalhice, a violência e a injustiça parecem triunfar, muitas vezes vem do inconformismo do adolescente uma ação para fazer face às superestruturas iníquas. Temos sempre de reimaginar e refazer este mundo sem nos conformarmos com o que ele nos oferece, e o adolescente, em seu misto de D. Quixote, príncipe Míchkin e Che Guevara, possui a imaginação, a generosidade, o sentido do poético, o destemor e o heroísmo necessários para buscar consertar o que está errado. Já não vive na dependência e na irresponsabilidade da infância e ainda não está imerso nas engrenagens do trabalho regular, da produtividade capitalista ou do casamento... Mas desejo apenas reencontrá-lo bem para que passemos juntos um fim de ano que resgate um pouquinho da vida que poderia ter sido e que não foi.

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