sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Um dente-de-leão



     Já está fazendo um frio muito forte em Londres. Tudo indica que o inverno que se aproxima será bastante rigoroso. Já não vejo a hora de partir para o Brasil, o que ocorrerá no começo de dezembro. Estou com muita saudade de você, de minha família em Minas, de nossa cultura. Partirei do frio para o calor, dos dias escuros e curtos para a nossa claridade e nossa exuberância. Quero lhe dar meu abraço e meu beijo, colocá-lo no meu ombro e sair com você para passear.
     Há pouco, vagando pelo computador, vi esta foto, que foi tirada em algum lugar no campus da USP, num dia em que estávamos juntos. Logo depois você colheu esse dente-de-leão e o soprou, provocando um voo de plumas, como gosta de fazer. E como se diverte!
     Sempre me impressiono com sua visão encantada das coisas e muito aprendo com ela. Que a vida adulta e suas inevitáveis desilusões nunca matem essa poesia viva que existe em seus olhos e em seu coração de menino.

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