terça-feira, 22 de julho de 2014

Nossa linguagem afetiva


     Acabo de chegar a Londres, proveniente do Brasil, após uma longa e cansativa jornada noite adentro, passando ainda por Madrid. Na semana passada, ainda como rescaldo da Copa do Mundo, eu estava no Rio de Janeiro, tendo finalizado as férias em Paraty. Nesta última cidade passei por um lugar com esta placa: "Casa da Dindinha". Me lembro de que assim eu chamava minha avó materna, com esse termo afetuoso e cheio de ressonância da linguagem dos escravos negros. Algo tão Brasil profundo. Sempre penso nessas palavras e nessas coisas quando estou fora do país. Você mesmo me chama de "papai", o que automaticamente torna a minha paternidade muito mais carinhosa e muito mais gentil.

Um comentário:

Anônimo disse...

onde fica essa placa?